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Athletico: Avaliação Pós-Jogo Revela Viveros em Destaque e Defesa Preocupante
Por Redação FutCAP em 27/07/2025 21:34
O Athletico Paranaense protagonizou mais um capítulo de sua temporada com um empate que deixou um sabor agridoce, apesar do brilho individual de seus atacantes. Diante do América-MG, o Furacão esteve por duas vezes à frente no placar, mas a incapacidade de manter a solidez defensiva novamente emergiu como um ponto crítico, permitindo que o adversário buscasse a igualdade. A partida, válida pela 19ª rodada da Série B de 2025, expôs a dicotomia entre um ataque promissor e uma retaguarda ainda em busca de consistência.
Apesar do resultado final, alguns nomes se destacaram positivamente, especialmente no setor ofensivo. A estreia de Viveros como titular foi um dos poucos alentos, com o camisa 9 demonstrando faro de gol e oportunismo. Contudo, o desempenho coletivo, em especial a retaguarda, levanta questionamentos sobre a capacidade da equipe de gerir resultados em momentos decisivos.
O Brilho Ofensivo e a Efetividade de Viveros
A força ofensiva do Athletico-PR encontrou em Viveros seu principal expoente na recente partida. Em sua primeira aparição como titular, o atacante demonstrou um notável instinto de finalização, balançando as redes em duas ocasiões. Seu primeiro gol foi um exemplo de posicionamento inteligente entre os zagueiros adversários, resultando em uma cabeçada certeira. O segundo tento, por sua vez, revelou sua capacidade de aproveitar sobras na área e concluir com precisão, confirmando uma performance de alto nível.
Ao lado de Viveros, Mendoza também se destacou como um dos jogadores mais influentes em campo. Sua atuação incisiva no campo de ataque foi fundamental, culminando em uma assistência precisa para o primeiro gol da equipe. A dupla, com a movimentação e efetividade de Viveros e a participação ativa de Mendoza, representou o ponto mais positivo do desempenho rubro-negro, mostrando um potencial de criação de jogadas que, se bem aproveitado, pode ser decisivo para o time.
A Persistente Fragilidade Defensiva Rubro-Negra
Se o ataque trouxe esperança, a defesa do Athletico-PR, mais uma vez, acendeu o sinal de alerta. A incapacidade de sustentar a vantagem obtida, por duas vezes na partida, evidencia uma fragilidade que tem se tornado um padrão. O goleiro Santos, apesar de realizar intervenções cruciais, incluindo a defesa de um pênalti no último instante, não conseguiu evitar o gol de empate no rebote, sublinhando a vulnerabilidade da retaguarda.
A linha defensiva apresentou momentos de desatenção individual que custaram caro. Kauã Moraes, por exemplo, foi superado no lance que originou o primeiro gol adversário, falhando na interceptação do chute. Belezi, por sua vez, arriscou-se desnecessariamente em algumas jogadas. Já Arthur Dias, zagueiro de origem improvisado na lateral esquerda, cometeu um pênalti crucial nos instantes finais ao empurrar o atacante adversário dentro da área, uma infração que, em um contexto de jogo mais controlado, poderia ter sido evitada. A performance de Léo e Aguirre, embora sem grandes erros, não foi suficiente para conferir a solidez necessária ao setor.
Análise do Meio-Campo e Estreias
O setor de meio-campo do Athletico-PR teve atuações variadas. Felipinho demonstrou ímpeto ofensivo no primeiro tempo, com chegadas perigosas e finalizações de longa distância que assustaram a defesa adversária. Zapelli, por sua vez, exerceu um papel relevante na articulação das jogadas e também contribuiu na recomposição defensiva, participando ativamente da construção do segundo gol da equipe. Patrick, embora participativo na etapa inicial, teve uma queda de rendimento na parte final do jogo.
A partida também marcou a estreia de jovens atletas na Série B. Riquelme, em sua primeira experiência na competição, mostrou uma natural falta de ritmo de jogo, compreensível dada a sua pouca rodagem e a necessidade de sua escalação devido à escassez de opções no setor. Léo Derik, por sua vez, estreou como titular na Série B e teve liberdade para avançar, mas precisou ser substituído por cansaço no segundo tempo. A entrada de Isaac teve como principal objetivo auxiliar na recomposição e ocupar o lado do campo, com pouca contribuição ofensiva. Benavídez, que entrou nos acréscimos, não teve tempo hábil para ser avaliado.
O Desafio Tático de Odair Hellmann
A avaliação do trabalho do técnico Odair Hellmann reflete os desafios impostos por desfalques e a persistência de problemas antigos. O plano inicial, elaborado para lidar com as ausências, demonstrou eficácia em certos momentos, permitindo que o Athletico-PR construísse uma vantagem no placar. No entanto, a falha em controlar a partida, mesmo estando duas vezes à frente, aponta para uma lacuna na gestão emocional e tática da equipe.
A principal preocupação que recai sobre o comando técnico é a fragilidade defensiva. A incapacidade de segurar o resultado, cedendo o empate em duas ocasiões, reitera que a retaguarda permanece como o calcanhar de Aquiles do Furacão. Superar essa deficiência será crucial para que o time consiga converter o potencial ofensivo em vitórias consistentes e almejar seus objetivos na temporada.
Notas dos Jogadores do Athletico-PR
Jogador | Posição | Nota GE | Nota Público | Observação |
---|---|---|---|---|
Santos | GOL | 6.0 | 6.0 | Fez defesas importantes e pegou pênalti, mas não evitou o gol de empate no rebote. |
Belezi | ZAG | 4.5 | 4.5 | Assumiu riscos desnecessários em jogadas durante a partida. |
Aguirre | ZAG | 5.0 | 5.0 | Não comprometeu e realizou cortes importantes, especialmente pelo alto. |
Léo | ZAG | 5.0 | 5.0 | Sem grandes destaques; não conseguiu contribuir para a equipe não sofrer gols. |
Kauã Moraes | LAT | 4.5 | 4.5 | Facilmente driblado no lance do primeiro gol, falhou ao tentar cortar o chute. |
Benavídez | LAT | -- | -- | Entrou no final da partida; sem tempo para avaliação. |
Felipinho | MEI | 6.0 | 6.0 | Teve importantes chegadas ao ataque no primeiro tempo e assustou com finalizações de longe. |
Riquelme | MEI | 5.0 | 5.0 | Estreou na Série B sem ritmo de jogo, o que é natural pela falta de opções no setor. |
Patrick | MEI | 5.5 | 5.5 | Foi participativo no primeiro tempo, mas apresentou queda de produção na etapa final. |
Zapelli | MEI | 6.0 | 6.0 | Teve papel importante na articulação e auxiliou na recomposição, participando do segundo gol. |
Isaac | ATA | 5.0 | 5.0 | Entrou mais para ajudar na recomposição e povoar o lado do campo, pouco fez no ataque. |
Léo Derik | LAT | 5.5 | 5.5 | Fez a estreia como titular na Série B com liberdade para atacar, saiu por cansaço. |
Arthur Dias | ZAG | 4.5 | 4.5 | Zagueiro improvisado na lateral, cometeu pênalti no último lance ao empurrar o adversário. |
Mendoza | ATA | 7.5 | 7.5 | Um dos melhores do Furacão em campo, muito ativo e deu assistência precisa para o primeiro gol. |
Viveros | ATA | 9.0 | 9.0 | Na estreia como titular, brilhou com dois gols, demonstrando oportunismo e categoria. |
Odair Hellmann | TEC | 5.0 | 5.0 | Lidou com desfalques e montou estratégia inicial eficaz, mas faltou controle para segurar o resultado. |
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