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Athletico: Notas de Atuação e a Estratégia de Odair na Copa do Brasil
Por Redação FutCAP em 31/07/2025 22:04
O Athletico Paranaense apresentou um desempenho de contrastes na recente disputa válida pela Copa do Brasil, um embate que expôs tanto a resiliência quanto as fragilidades de seu elenco. A partida, que viu o Furacão em campo com uma formação majoritariamente composta por atletas reservas, revelou a importância de certas individualidades para manter a equipe competitiva, ao mesmo tempo em que sublinhou a necessidade de maior coesão e eficácia em setores-chave. A derrota, embora esperada dada a priorização da Série B, deixou lições valiosas e um cenário desafiador para o confronto de volta.
A estratégia de Odair Hellmann, técnico do Rubro-Negro, ao optar por um time alternativo, visava preservar os titulares para os compromissos do campeonato nacional. Contudo, essa escolha trouxe à tona a falta de entrosamento, especialmente na primeira etapa do jogo. A equipe demorou a encontrar seu ritmo, resultando em um período inicial de pouca efetividade e concessão de espaços ao adversário. A resposta veio na segunda metade, com a introdução de peças mais experientes, o que conferiu outra dinâmica ao conjunto.
O Oportunismo de Viveros e a Dinâmica no Ataque
Em meio a um cenário de dificuldades, o atacante Viveros emergiu como o principal destaque positivo da equipe. O camisa 9 demonstrou um notável senso de posicionamento e oportunismo, culminando na marcação do gol que manteve o Athletico vivo na competição. Sua capacidade de estar no lugar certo, na hora certa, reflete uma fase artilheira promissora, com este sendo seu terceiro gol nos últimos dois jogos, solidificando sua importância no esquema ofensivo do time.
O lance do gol, contudo, não foi mérito exclusivo de Viveros. A jogada teve sua origem em uma intervenção decisiva de Zapelli, que, com sua dinâmica e visão de jogo, deu um passe crucial para Benavídez. Este, em sua estreia como titular, retribuiu a confiança com uma assistência precisa para o goleador. A entrada de Zapelli no segundo tempo foi fundamental para injetar criatividade no meio-campo, mostrando como sua presença pode alterar o fluxo ofensivo da equipe. Além deles, Mendoza se movimentou bem, oferecendo uma opção de profundidade que o time por vezes carece, e Dudu, após um início discreto, conseguiu estabelecer boas conexões e se dedicou na recomposição defensiva.
As Lacunas do Meio-Campo e a Fragilidade Defensiva
Se o ataque teve seus pontos luminosos, o meio-campo e a defesa apresentaram fragilidades que custaram caro. Patrick, em particular, teve uma atuação aquém do esperado, demorando a se situar em campo e sendo facilmente superado na origem da jogada que resultou no segundo gol adversário. Sua dificuldade em conter o avanço adversário expôs uma vulnerabilidade no setor de contenção.
Giuliano, por sua vez, teve um primeiro tempo de pouca participação, com um número reduzido de toques na bola, o que o levou a ser substituído no intervalo. Riquelme também não conseguiu cumprir seu papel de fechar os espaços no primeiro gol sofrido, evidenciando uma lacuna na marcação a distância. Na linha defensiva, Belezi recebeu um cartão amarelo precoce, comprometendo sua liberdade de atuação por toda a partida, e, assim como Léo, não conseguiu acompanhar a movimentação dos atacantes adversários no segundo gol. Habraão teve uma atuação discreta, sem grandes intervenções, enquanto Fernando, que retornava após um período de inatividade, mostrou dificuldades defensivas e imprecisão nos passes, sendo substituído por cansaço. Santos, o goleiro, embora tenha tocado na bola no primeiro gol, não conseguiu evitar que ela balançasse as redes, e nada pôde fazer na finalização à queima-roupa do segundo gol. Felipinho, que entrou para dar volume ao meio-campo, também esteve envolvido no lance do segundo gol adversário, completando um quadro de desafios defensivos para o Furacão.
A Estratégia de Odair Hellmann e o Cenário para a Volta
A decisão de Odair Hellmann de escalar um time majoritariamente reserva, embora justificada pela prioridade na Série B, cobrou seu preço em termos de entrosamento e fluidez. A equipe se mostrou descoordenada em diversos momentos, especialmente na primeira metade do confronto. Contudo, a capacidade do treinador de realizar ajustes, lançando mão de jogadores titulares no segundo tempo, trouxe uma melhora perceptível na performance do time, que conseguiu se reorganizar e, por fim, marcar o gol que o mantém na disputa.
Apesar da derrota, o fato de o Athletico ter conseguido marcar um gol fora de casa é um fator crucial que o mantém vivo na eliminatória. Entretanto, a expulsão de Odair Hellmann no final da partida é um revés significativo, pois o treinador não poderá comandar a equipe do banco de reservas no jogo de volta. Essa ausência exigirá uma adaptação e uma liderança ainda mais forte por parte dos jogadores e da comissão técnica para o próximo e decisivo embate.
Notas de Atuação: Athletico-PR vs. São Paulo
Jogador | Posição | Nota GE | Nota Público | Observações |
---|---|---|---|---|
Santos | GOL | 5.0 | 5.0 | Tocou na bola no 1º gol, mas não o suficiente; nada a fazer no 2º. |
Belezi | ZAG | 4.5 | 4.5 | Cartão amarelo cedo, jogou pendurado; não acompanhou no 2º gol. |
Habraão | ZAG | 5.0 | 5.0 | Sem grandes destaques. |
Léo | ZAG | 5.0 | 5.0 | Bloqueios importantes; falhou no 2º gol, permitindo infiltração. |
Benavídez | LAT | 6.0 | 6.0 | Estreia como titular; assistência para o gol de Viveros. |
Riquelme | MEI | 4.5 | 4.5 | Não conseguiu fechar o espaço no lance do 1º gol. |
Patrick | MEI | 4.0 | 4.0 | Demorou a se encontrar; facilmente driblado na origem do 2º gol. |
Dudu | MEI | 5.5 | 5.5 | Começou tímido, mas conseguiu boas conexões e se voluntariou na defesa. |
Mendoza | ATA | 5.5 | 5.5 | Boa movimentação no ataque, ofereceu nova opção. |
Giuliano | MEI | 4.5 | 4.5 | Pouco participativo no 1º tempo, apenas sete toques; substituído no intervalo. |
Zapelli | MEI | 6.5 | 6.5 | Deu dinâmica ao meio-campo, iniciou a jogada do gol do Athletico. |
Fernando | LAT | 4.5 | 4.5 | Dificuldades defensivas, muitos passes errados; saiu por cansaço. |
Felipinho | MEI | 5.0 | 5.0 | Entrou para dar volume; envolvido no lance do 2º gol são-paulino. |
Alan Kardec | ATA | 5.5 | 5.5 | Duas boas chances no 1º tempo; saiu no intervalo. |
Viveros | ATA | 7.5 | 7.5 | Bem posicionado e oportunista; marcou o gol do time, 3º em 2 jogos. |
Odair Hellmann | TEC | 6.0 | 6.0 | Mandou reservas; falta de entrosamento pesou; melhorou com titulares; expulso. |
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