Flávio Pantera: Ídolo Eterno e o Apelo de Kleberson ao Athletico Paranaense

O Ícone Flávio Pantera: Uma Trajetória de Glórias Rubro-Negra

O cenário do futebol paranaense e brasileiro lamentou profundamente o falecimento de Flávio Pantera, ex-goleiro e um dos mais expressivos nomes da história do Athletico Paranaense. Aos 54 anos, Pantera partiu em Maceió, após uma árdua batalha contra um câncer de próstata, deixando um vazio e um legado indelével para a torcida rubro-negra.

Sua chegada ao Athletico em 1995, vindo do CSA, marcou o início de uma era de conquistas. Com um desempenho notável sob as traves, ele não apenas defendeu a meta, mas personificou a garra e a paixão que se espera de um atleta do Furacão. Seu nome está gravado entre os dez jogadores que mais vestiram a camisa atleticana em seus mais de cem anos de existência, ocupando a nona posição, com um impressionante total de 303 partidas.

A carreira de Flávio Pantera no Athletico é sinônimo de títulos. Ele foi peça-chave na conquista do Campeonato Brasileiro de 2001, um marco histórico para o clube. Além disso, participou ativamente de outras campanhas vitoriosas, solidificando seu status de lenda. A seguir, um panorama de suas principais conquistas pelo Furacão:

A Emoção de Kleberson e o Adeus a um Companheiro de Glórias

A notícia do falecimento de Flávio Pantera reverberou intensamente no meio do futebol, especialmente entre aqueles que compartilharam os gramados com o ex-goleiro. Entre as manifestações de pesar, destacou-se a de Kleberson, pentacampeão mundial e outro grande ídolo do Athletico. Em suas plataformas digitais, o ex-meia expressou sua profunda tristeza e a honra de ter convivido e trabalhado ao lado de Pantera.

Kleberson recordou momentos marcantes da parceria, que culminou em diversas conquistas, incluindo o Campeonato Brasileiro de 2001, o título mais cobiçado da história do clube. Ele também relembrou uma visita pessoal a Pantera em Maceió no ano anterior, um encontro que demonstra a profundidade do laço que os unia, construído tanto no Athletico quanto no América-MG, outro clube defendido por ambos.

Em uma de suas publicações, a emoção de Kleberson era palpável, refletindo a perda de um amigo e mentor:

Nos despedimos hoje desse amigo, guerreio, ídolo por onde passou, um grande exemplo dentro de fora de campo. Descanse em paz meu amigo e que Deus conforte os seus familiares! Foi uma honra ter trabalhado com um cara tão especial e um privilégio ter ido até sua casa em Maceió, no ano passado, para te dar um abraço.

O Apelo por Reconhecimento: A Cobrança de Kleberson ao Athletico

Para além da despedida pessoal, Kleberson utilizou o momento de luto para levantar uma questão crucial e oportuna: a maneira como os clubes de futebol, e especificamente o Athletico, tratam seus ídolos. Sua manifestação se transformou em uma veemente cobrança à diretoria, acerca da valorização e do reconhecimento dos atletas que dedicaram suas vidas e talentos à camisa rubro-negra.

Em uma postagem no perfil oficial do Furacão, Kleberson não hesitou em expressar sua expectativa por uma atitude mais digna do clube:

Espero que a diretoria do Athletico faça uma homenagem decente para o nosso Pantera. Pois, infelizmente, nossos guerreiros que defenderam a camisa rubro-negra com amor e paixão, são lembrados somente quando passamos para a outra vida.

A fala de Kleberson transcende a homenagem a Flávio Pantera e se torna um manifesto sobre a memória e o respeito no futebol. Ela provoca uma reflexão necessária sobre a importância de celebrar e reconhecer os ídolos enquanto ainda estão entre nós, garantindo que seu legado seja honrado de forma contínua e não apenas em momentos de perda. O clube, que já prestou suas homenagens oficiais, é agora instado a aprofundar essa conexão com sua história viva, através do reconhecimento daqueles que a construíram.