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Rompimento Histórico: Fanáticos X Diretoria Athletico-PR – O Fim do Diálogo
Por Redação FutCAP em 24/07/2025 16:12
Um capítulo de inegável tensão foi escrito na relação entre a torcida organizada Os Fanáticos e a cúpula diretiva do Athletico Paranaense. A principal força de apoio nas arquibancadas do Furacão anunciou, de forma contundente, o rompimento de qualquer canal de comunicação com a gestão do presidente Mario Celso Petraglia. A decisão surge como o ápice de um acúmulo de descontentamentos, catalisado por recentes medidas disciplinares impostas pelo clube a torcedores.
O estopim para essa drástica posição foi a sanção aplicada a dois indivíduos, André Luiz dos Santos e Bruna Azevedo, suspensos por tempo indeterminado pela Câmara de Ética e Disciplina do Athletico-PR. A punição foi resultado de um incidente ocorrido em um voo comercial, não fretado, em que a delegação rubro-negra retornava a Curitiba. O episódio sucedeu uma derrota por virada para o Volta Redonda, em partida válida pela Série B do Campeonato Brasileiro. Segundo o clube, o casal teria proferido ofensas e ameaças a um segurança da equipe ao término da viagem.
A atitude da diretoria, que resultou na suspensão dos torcedores envolvidos no protesto a bordo, foi a gota d'água para a organizada. Em nota oficial divulgada nesta última quarta-feira (23), Os Fanáticos expressaram sua profunda indignação e declararam o encerramento das conversas com a administração rubro-negra.
O Acúmulo de Descontentamentos e a Posição da Torcida
A nota da torcida organizada não se limita ao incidente recente, mas contextualiza o rompimento dentro de um histórico de desentendimentos e o que classificam como uma postura autoritária. O comunicado ressalta que as punições impostas a torcedores não são um fenômeno isolado, mas uma prática que se intensificou ao longo do tempo.
Desde o ano anterior, marcado por uma campanha que a torcida descreve como "vexatória", diversas manifestações de cobrança, consideradas legítimas, foram realizadas por associados e membros da organizada. A resposta do clube, conforme apontado pelos Fanáticos, teria sido uma série de retaliações e perseguições direcionadas. A organizada argumenta que essa conduta "só escancara o desprezo pelo torcedor que pensa diferente".
Voltamos ao tempo da ditadura? Pelo menos dentro do Club Athletico Paranaense, tudo indica que sim. Onde está essa mesma sede por justiça quando o assunto é cobrar os jogadores que são bem pagos para entregar resultados e não entregam nada? A fase do diálogo com essa diretoria acabou.
A declaração da organizada questiona a seletividade das ações punitivas. Enquanto torcedores são severamente penalizados por expressar insatisfação, a nota indaga sobre a falta de cobrança e sanções para aqueles que, em tese, são os maiores responsáveis pelo desempenho insatisfatório em campo.
A Indagação sobre a Gestão Esportiva e o Chamado à Unidade
A nota dos Fanáticos vai além da questão disciplinar, adentrando na gestão esportiva e questionando as decisões que impactam diretamente o desempenho do time. Há uma clara provocação sobre a ausência de responsabilização para quem, segundo a torcida, falha em suas atribuições técnicas e de planejamento.
Onde está a punição para quem faz contratações duvidosas, sem qualquer critério técnico aparente, transformando o elenco em um verdadeiro laboratório de apostas fracassadas?
A organizada também reflete sobre a própria natureza de suas manifestações, afirmando que existe um processo interno de autocobrança para buscar um equilíbrio entre a crítica veemente e a responsabilidade para com o clube. Contudo, diante dos recentes acontecimentos, a conclusão é inequívoca: o diálogo, nos moldes atuais, tornou-se inviável.
A mensagem final da torcida é um apelo direto a todos os torcedores atleticanos, enfatizando que a luta por um Athletico diferente exige união. O objetivo é que qualquer protesto, manifestação ou mobilização futura seja um esforço coletivo, sem a dependência de ações isoladas. A chegada da delegação ao Aeroporto Internacional de Curitiba, na última segunda-feira (21), já havia sido palco de protestos de outros torcedores, incluindo membros da organizada, evidenciando o crescente descontentamento com o momento esportivo.
A essência da identidade do Furacão, como um símbolo de resistência, é ressaltada no fechamento do comunicado, reforçando o compromisso inabalável da torcida com o clube. A frase "ATLÉTICO ATÉ A MORTE NÓS SOMOS OS FANÁTICOS" ecoa como um grito de guerra e um ultimato, marcando um ponto de inflexão na complexa relação entre o torcedor e a instituição.
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