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Athletico na Série A: A Influência Crucial do Fluminense nos Bastidores
Por Redação FutCAP em 01/12/2025 17:16
A trajetória de retorno do Athletico Paranaense à elite do futebol nacional foi pavimentada por uma série de decisões estratégicas, muitas delas gestadas nos bastidores do futebol. Entre os elementos cruciais para a conquista do acesso à Série A do Campeonato Brasileiro, destaca-se uma relação de proximidade e confiança estabelecida entre a diretoria rubro-negra e a cúpula do Fluminense. Essa conexão, discreta, mas de impacto profundo, revelou-se um pilar fundamental para a reestruturação do Furacão.
A atual administração do clube carioca desempenhou um papel decisivo, fornecendo indicações de profissionais que, posteriormente, se mostrariam peças-chave na campanha de recuperação do Athletico na Série B. Uma aliança silenciosa, que transcendeu a rivalidade natural do esporte, e que se traduziu em resultados concretos para o time paranaense.
A influência do Fluminense não se limitou a um mero conselho; ela se materializou em nomes que assumiram posições de liderança e responsabilidade, alterando o rumo de uma temporada que, em dado momento, parecia comprometida. A compreensão dessa dinâmica é essencial para decifrar os mecanismos que levaram o Athletico ao seu objetivo máximo.
A Mão Amiga do Tricolor Carioca na Reestruturação do Furacão
A figura central nesta articulação foi Mário Bittencourt, então presidente do Fluminense. Ciente da busca do Athletico por um novo comando técnico após a saída de Maurício Barbieri no início de maio, Bittencourt atuou como um elo vital. Foi ele quem persuadiu o técnico Odair Hellmann a retornar ao cenário brasileiro, após um período de dois anos no futebol da Arábia Saudita, e prontamente o sugeriu a Mario Celso Petraglia, mandatário do Athletico.
A confiança depositada por Petraglia no amigo e colega dirigente foi um fator determinante. Além do nome de Hellmann, Bittencourt também apresentou a Petraglia o perfil do diretor de futebol Eduardo Freeland, um profissional com experiência reconhecida no Rio de Janeiro, com passagens por Botafogo e Flamengo. As sugestões foram aceitas e rapidamente implementadas na estrutura do Athletico.
Odair Hellmann teve sua chegada ao Athletico oficializada ainda em maio, enquanto Eduardo Freeland foi contratado no mês subsequente. Essa rápida movimentação demonstra a agilidade e a determinação da diretoria rubro-negra em seguir as indicações que, a posteriori, se mostrariam tão acertadas.
Odair Hellmann: O Arquitetura da Virada no Campo
O impacto de Odair Hellmann no comando técnico do Athletico foi imediato e transformador. O treinador, que já havia comandado o Fluminense em 2020, durante a primeira gestão de Mário Bittencourt, e que deixou o clube carioca com uma campanha promissora no Brasileirão para aceitar uma proposta do Al-Wasl, dos Emirados Árabes Unidos, trouxe uma nova perspectiva para o Furacão.
Sob sua liderança, o Athletico protagonizou uma recuperação impressionante no segundo turno do Campeonato Brasileiro da Série B. Hellmann assumiu a equipe quando esta ocupava a 11ª posição na tabela. Sua capacidade de organização tática e motivação do elenco foi fundamental para que o time escalasse posições, culminando na conquista do vice-campeonato e, consequentemente, do tão almejado acesso à elite nacional.
A figura de Odair Hellmann é, sem dúvida, um dos grandes responsáveis pela guinada do Athletico, consolidando-se como o catalisador de uma campanha que parecia distante no início da temporada.
Eduardo Freeland e a Estratégia nos Bastidores
Paralelamente ao trabalho de Odair Hellmann em campo, a atuação de Eduardo Freeland nos bastidores foi igualmente crucial. Sua experiência e conhecimento do mercado foram postos à prova na janela de transferências do meio do ano, um período vital para a composição do elenco . Freeland desempenhou um papel significativo na identificação e contratação de reforços que se revelaram peças fundamentais para a retomada do desempenho do Athletico.
A sinergia entre o trabalho do treinador e as aquisições estratégicas do diretor de futebol criou um ambiente propício para o sucesso. A capacidade de Freeland em otimizar o plantel, trazendo jogadores que se encaixavam na filosofia de Hellmann, foi um diferencial que impulsionou a equipe rumo ao acesso.
Essa coordenação entre as áreas técnica e de gestão de futebol é um testemunho da eficácia das indicações feitas pelo Fluminense, que permitiram ao Athletico montar uma estrutura robusta e competitiva em um momento de necessidade.
Legado e Gratidão: A Continuidade de uma Relação Estratégica
O sucesso alcançado pelas indicações de Mário Bittencourt gerou um sentimento de profunda gratidão por parte da diretoria do Athletico. Houve o entendimento claro de que a participação do então presidente tricolor, embora indireta, foi crucial para "salvar" a temporada rubro-negra, redirecionando o clube para o caminho da vitória e da ascensão.
Apesar da recente mudança na presidência do Fluminense, com a saída de Mário Bittencourt após quatro anos de gestão, substituído por Mattheus Montenegro eleito no último sábado, a expectativa é que o bom relacionamento entre as diretorias dos dois clubes não seja alterado. A base de respeito e colaboração estabelecida tende a perdurar, configurando um exemplo de como alianças estratégicas podem moldar destinos no competitivo cenário do futebol brasileiro.
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