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Athletico PR: Desempenho Pífio e Liderança Calada Ameaçam Futuro na Série B
Por Redação FutCAP em 17/08/2025 15:27
A temporada de 2025 tem se revelado um período desafiador para o Athletico Paranaense, que demonstra uma preocupante incapacidade de reação na Série B. O recente confronto contra o Cuiabá, culminando em um empate frustrante apenas trinta segundos depois de Renan Peixoto inaugurar o placar, serve como mais uma evidência da fragilidade de um elenco aparentemente desestruturado, incapaz de almejar o acesso e, alarmantemente, com a zona de descenso cada vez mais próxima.
A atmosfera na Arena da Baixada durante a partida era de nítida tensão, marcada por manifestações de descontentamento dos torcedores que se estenderam antes, durante e após o apito final. Enquanto o técnico Odair Hellmann, mais uma vez, se viu na posição de justificar o delicado momento, os verdadeiros arquitetos desta situação angustiante permanecem em um inexplicável mutismo.
Os protestos da torcida, em sua expressividade, incluíram a exibição de representações visuais do presidente Mario Celso Petraglia, do diretor financeiro Márcio Lara e do presidente do Conselho Deliberativo, Aguinaldo Coelho de Farias, acompanhados de alegóricos sacos de dinheiro. Tal simbolismo configurou uma clara censura à cúpula do clube.
Em um contexto onde o clube se encontra em uma situação delicada na Segunda Divisão, este trio de lideranças persiste em sua ausência de manifestação, transmitindo a impressão de um completo alheamento à realidade do Athletico. O outrora modelo de gestão no futebol, hoje, luta para se equiparar a adversários que, ironicamente, visam evitar a queda para a Série C.
A Desconexão no Alto Comando Rubro-Negro
Na coletiva de imprensa subsequente ao jogo, uma tentativa de um dos repórteres em obter um posicionamento do diretor de futebol Eduardo Freeland sobre a atual conjuntura encontrou um muro de silêncio. O dirigente permaneceu imóvel, sentado em uma cadeira lateral, sem proferir uma única palavra durante todo o evento.
Desde sua chegada ao clube em 24 de junho, a única vez que o diretor se manifestou publicamente foi através de um pronunciamento unilateral, sem a possibilidade de questionamentos, abordando a polêmica penalidade assinalada a favor da Ferroviária contra o Athletico, durante a 18ª rodada da Série B.
A última ocorrência de um diretor concedendo entrevista coletiva remonta ao período do antecessor de Freeland, Eduardo Possebom, que se pronunciou apenas para comunicar a saída de Maurício Barbieri. Anteriormente, em 2024, o então diretor técnico Paulo Autuori veio a público para abordar o rebaixamento do Athletico, curiosamente dois dias antes de sua própria partida do clube.

O Silêncio Perturbador da Diretoria de Futebol
Enquanto a omissão de posicionamento dos diretores persiste, o Furacão continua a enfrentar severas dificuldades em campo, em uma batalha incessante para encontrar meios de superar seus oponentes.
A equipe acumula agora um preocupante jejum de sete partidas sem vitória, permanecendo estagnada na segunda metade da classificação. Com 27 pontos em 22 confrontos, ocupa a 11ª posição. A distância para a zona de rebaixamento é de meros cinco pontos, uma margem que pode se encolher ainda mais com o desfecho da rodada.
Indicador | Detalhe |
---|---|
Posição Atual | 11ª colocação |
Pontos | 27 |
Jogos Disputados | 22 |
Jejum de Vitórias | 7 partidas |
Distância da ZR | 5 pontos |
O treinador Odair Hellmann, em suas declarações, negou-se veementemente a considerar o risco de rebaixamento, asseverando que
"se alguém aqui dentro falar em Série C, tem que ser mandado embora agora". Contudo, a fria realidade da tabela aponta que a equipe está, de fato, mais próxima dos quatro últimos colocados do que do G4. A disputa, neste momento, é claramente para escapar das posições inferiores da classificação.
O Calvário Dentro das Quatro Linhas
Em um desdobramento adicional, o Athletico corre o risco de sofrer sanções disciplinares após o incidente em que torcedores arremessaram sinalizadores no gramado durante o jogo pela Série B. Tal ocorrência, somada ao cenário de insatisfação generalizada, agrava a imagem do clube e pode resultar em penalidades que impactarão ainda mais a já frágil campanha.
A verdade inegável é que o Athletico se encontra em uma encruzilhada. Longe de sua outrora reputação de excelência gerencial e com um desempenho em campo que o aproxima perigosamente da terceira divisão, a urgência por um posicionamento claro e ações concretas por parte de sua cúpula é premente.
A briga, agora, não é mais por acesso, mas sim para resgatar a dignidade e a permanência na Série B. Este é um desafio que exige mais do que silêncio e uma desconexão evidente da realidade. O rubro-negro clama por liderança e direção em um dos momentos mais delicados de sua história recente.
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