Athletico-PR: Lesões Disparam em 2025, Esquivel e Dudu Lideram Preocupações no DM

A temporada de 2025, embora tenha culminado com o retorno do Athletico Paranaense à elite do futebol nacional em 2026, foi marcada por um desafio persistente e crescente nos bastidores: o aumento significativo de problemas físicos entre os atletas. O departamento médico do Furacão viu uma escalada notável de ocorrências, especialmente durante o primeiro semestre, período em que o clube registrou vinte baixas.

O cenário se agravou progressivamente, e já no final de julho, o número total de casos havia superado o registro completo do ano anterior. Esse quadro levou o clube a um patamar de contusões não visto nos últimos cinco anos, gerando questionamentos sobre a gestão de saúde e performance do elenco.

A Escalada Preocupante de Lesões no Furacão

Ao final de 2025, o Athletico-PR contabilizou 35 problemas clínicos em seu elenco , um número que se aproxima perigosamente do total de 2020, quando foram registradas 37 ocorrências. Em comparação com 2024, que teve 26 lesões, o ano atual representa um salto de 35% no índice. É um dado que acende um sinal de alerta, ainda que o recorde absoluto da série histórica, iniciada em 2016, permaneça em 65 contusões naquele primeiro ano de levantamento.

Para contextualizar a dimensão desse desafio, apresentamos o histórico de baixas médicas do Athletico-PR desde 2016:

Um total de 25 jogadores diferentes precisou de atendimento no departamento médico ao longo da temporada, evidenciando uma disseminação dos problemas físicos por diversas posições e perfis de atletas.

As Baixas Mais Sentidas: Esquivel e os Dudus

Entre os nomes que mais frequentaram o estaleiro rubro-negro, o lateral Esquivel se destaca, com impressionantes cinco passagens pelo DM em 2025. O argentino enfrentou problemas no tornozelo (duas vezes), na coxa (duas vezes) e no joelho (uma vez), resultando em 18 ausências no calendário do time devido a questões físicas. Sua intermitência foi, sem dúvida, um fator de instabilidade para a equipe.

Contudo, o recordista em jogos perdidos é o jovem meia Dudu, de apenas 19 anos. Após uma cirurgia em janeiro para tratar um deslocamento parcial da articulação do ombro esquerdo, o atleta só conseguiu retornar aos relacionados em junho. Somente essa lesão o afastou de 29 partidas. Na fase final da Série B, ainda teve que desfalcar o elenco em outras três ocasiões por desconforto muscular no adutor da coxa, somando um total de 32 jogos fora.

Outro jogador com o nome Dudu , o lateral-direito Dudu Marques, também acumulou uma quantidade considerável de ausências. Ao longo do ano, ele visitou o departamento médico quatro vezes, lidando com lesões na coxa, no joelho e até uma concussão. No total, Dudu Marques perdeu 22 confrontos por motivos de contusão. Esse cenário de baixas entre peças importantes certamente exigiu adaptações constantes da comissão técnica.

Confira os jogadores com maior número de jogos perdidos por lesão em 2025:

O Ponto Fraco: Lesões Musculares na Coxa

Analisando a incidência das lesões por parte do corpo, a coxa emergiu como a região mais vulnerável para os atletas rubro-negros. Foram registrados 15 problemas musculares nesse membro, que é, de fato, o mais exigido durante uma partida de futebol. A recorrência de lesões na coxa sugere a necessidade de uma revisão profunda nos programas de prevenção, recuperação e carga de treinamento, visando proteger os jogadores de futuras ocorrências e garantir maior disponibilidade do elenco .

Metodologia da Análise

As informações que fundamentam esta análise foram coletadas a partir do site oficial do Athletico-PR e confirmadas em apurações diárias junto aos setoristas do ge. O período de levantamento compreende de 1º de janeiro de 2025 até a data de publicação desta matéria, em 23 de dezembro de 2025. Problemas médicos ocorridos fora desse intervalo não foram incluídos na pesquisa.

O critério de inclusão para um atleta neste levantamento foi a impossibilidade de participação em, no mínimo, uma partida oficial por uma condição clínica. Todos os impedimentos médicos que resultaram na não escalação de um jogador para o jogo subsequente foram computados. Atletas poupados por desgaste físico ou com problemas fisiológicos não foram considerados nesta contagem, mantendo o foco estrito em lesões diagnosticadas pelo departamento médico.