Athletico-PR: Projeções de Queda Aumentam 15% na Série B - Entenda!

O cenário recente do Athletico Paranaense inspira cautela, especialmente após a contundente derrota por 4 a 2 para o Criciúma. Este revés, ainda mais amargo por ter ocorrido após o Furacão liderar o placar por dois gols, não apenas custou posições na tabela, fazendo o clube recuar da 11ª para a 13ª colocação, mas também impactou significativamente suas projeções de permanência na elite do futebol nacional.

As simulações mais recentes indicam um salto preocupante nas probabilidades de o Athletico Paranaense disputar a Série C em 2026. O percentual de risco de rebaixamento para o Furacão ascendeu de 11,2% para 15,2%, representando um acréscimo de quatro pontos percentuais. Atualmente, a equipe se encontra a apenas cinco pontos do América-MG, o primeiro clube na zona de descenso, na 17ª posição.

Em contrapartida, no polo oposto da tabela, o Goiás consolida sua posição como forte candidato ao acesso. Com a vitória por 2 a 1 sobre o Operário em casa, o Esmeraldino viu suas chances de retorno à Série A em 2026 aumentarem de 87% para 89,7%, um avanço de 2,69 pontos percentuais. O empate sem gols entre Coritiba e Chapecoense ainda contribuiu para isolar o time goiano na liderança da Série B, acumulando 41 pontos.

A Trajetória do Furacão e o Alerta Vermelho na Tabela

A situação do América-MG serve como um alerta para o Athletico. O Coelho, que pela primeira vez encerra uma rodada na zona de rebaixamento, atravessa um período de sete partidas sem vitória, com um registro de seis derrotas e um empate. A recente derrota em casa para o Remo por 1 a 0 solidifica sua posição de vulnerabilidade, conferindo-lhe a segunda maior probabilidade de queda para a terceira divisão, em 62,8%.

A briga pelo acesso à primeira divisão segue acirrada, com oscilações significativas nas projeções. O Coritiba, vice-líder da Série B 2025, após o empate sem gols com a Chapecoense, observou suas chances de ascensão diminuírem de 86,3% para 79,6%, uma retração de 6,75 pontos percentuais. A Chapecoense, atualmente na quarta colocação, também experimentou uma queda, saindo de 54,8% para 48,8%, uma redução de seis pontos.

O Novorizontino, por sua vez, visitou o Volta Redonda e empatou em 0 a 0, o que resultou na diminuição de suas chances de acesso de 55,6% para 48,8%, uma redução de 6,8 pontos percentuais. Abaixo, detalhamos as projeções de acesso após a 21ª rodada:

Foto: (Duda Matoso/athletico.com.br)

Projeções de Acesso à Série A e o Risco de Rebaixamento

No que tange ao risco de rebaixamento, o Botafogo-SP permanece como o clube com as mais altas projeções de cair para a Série C em 2026. A derrota por 2 a 0 para o Atlético-GO fora de casa elevou suas chances de descenso de 77,5% para 84%, uma variação de 6,47 pontos percentuais.

Outras equipes em situação delicada incluem o Paysandu, que, mesmo após perder para o Vila Nova por 1 a 0, mantém-se na 19ª posição com 58,8% de chance de rebaixamento, e o lanterna Amazonas, que, com a derrota por 2 a 1 para a Ferroviária, segue com uma ameaça considerável de 55,2%. O detalhamento completo do risco de queda é apresentado a seguir:

A Pontuação Necessária para o Acesso e a Metodologia por Trás dos Cálculos

As projeções para a atual edição da Série B indicam que a pontuação mínima para assegurar o acesso à elite é de 68 pontos. Contudo, é fundamental ressaltar que este número pode variar significativamente entre as temporadas. Como exemplo, em 2007, o Vitória garantiu sua ascensão à Série A com 59 pontos, ocupando a quarta colocação. Em contraste, em 2012, o São Caetano, mesmo somando 71 pontos, terminou a competição na quinta posição, ficando fora do G-4.

Os percentuais apresentados são fruto de uma parceria com o economista Bruno Imaizumi, que emprega uma metodologia rigorosa. Para cada partida restante, são realizadas 10 mil simulações, gerando as projeções de chances para cada equipe. As probabilidades de título e rebaixamento são dinâmicas, recalculadas a cada rodada com base nos resultados mais recentes e no desempenho atualizado dos times. O algoritmo simula virtualmente o restante do campeonato milhares de vezes, explorando todos os cenários possíveis a partir da nova realidade da tabela. Desta forma, as probabilidades refletem tanto o que já ocorreu quanto o que ainda pode se desenrolar, sempre se adaptando às novas circunstâncias.

As análises baseiam-se em parâmetros de ataque e defesa das equipes, considerando o fator campo. O modelo estatístico utilizado é a distribuição Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) ocorrerem em um determinado intervalo de tempo (a partida). Para as previsões sobre a posição final de cada time no campeonato, foi empregado o método de Monte Carlo, que se baseia em simulações para gerar os resultados.