Athletico x São Paulo: Análise da Derrota e Destaques do Adversário na Copa do Brasil

O confronto entre São Paulo e Athletico Paranaense, válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil de 2025, culminou em um revés para o Furacão, com o time paulista consolidando sua vitória. A partida, marcada pelo protagonismo de alguns atletas do São Paulo, ofereceu um panorama claro da superioridade adversária, que soube aproveitar as oportunidades e ditar o ritmo do jogo. A análise pós-jogo revela um desempenho coeso do mandante, que, mesmo com um elenco rodado pelo técnico, manteve seu padrão de jogo agressivo e poucas vezes se viu ameaçado.

A dinâmica do embate demonstrou uma equipe são-paulina com controle efetivo da posse de bola e uma transição ofensiva bem orquestrada. A capacidade de seus meio-campistas em distribuir o jogo e quebrar linhas defensivas foi um fator crucial para o sucesso da estratégia. Enquanto o Athletico buscava se encontrar em campo, o adversário impunha seu ritmo, criando as jogadas mais perigosas e garantindo a superioridade no placar final.

A Orquestração do Meio-Campo Adversário

No coração do campo, o São Paulo encontrou seus verdadeiros maestros. Pablo Maia, avaliado com nota 7.5 pelo GE e pelo público, teve uma atuação destacada. Sua presença foi fundamental na distribuição do início das jogadas e no apoio ao ataque, sendo agraciado com um belíssimo gol de fora da área, uma de suas características mais notáveis. A defesa adversária pouco precisou de sua proteção direta, evidenciando a pouca efetividade ofensiva do Athletico.

Ao lado de Maia, Marcos Antônio, também com nota 7.5, emergiu como o "motorzinho" da equipe. Ele comandou as ações com a posse de bola, transitando por ambos os lados do campo e clareando jogadas com passes curtos que quebravam as linhas defensivas do Athletico, além de inverter rapidamente o lado do campo. Sua performance o consolidou como um dos principais articuladores do São Paulo na partida, especialmente no que tange à criatividade.

O meio-campo tricolor manteve um ritmo elevado com Alisson (6.0), que apoiou bem o setor ofensivo, ainda que de forma mais discreta. Rodriguinho (7.0) demonstrou notável capacidade de retenção de bola, com praticamente nenhum desarme sofrido. Suas trocas de passes rápidas e de qualidade, aliadas à constante movimentação para se apresentar como opção, foram essenciais. Ele ainda arriscou um bom chute no final da primeira etapa e, no segundo tempo, forneceu uma assistência primorosa para o gol de Ferreira, consolidando sua influência.

Defesa Robusta e o Protagonismo Ofensivo

A retaguarda do São Paulo, pouco testada pela ofensiva do Athletico, mostrou-se segura. Jandrei (6.0), o goleiro, esteve atento, interceptando cruzamentos e realizando defesas com segurança, embora pudesse ter evitado o gol sofrido. Alan Franco (6.0) atuou pelo lado direito da zaga, uma posição menos usual para ele, mas desempenhou bem seu papel, iniciando jogadas pela direita com facilidade. Arboleda (6.0), o zagueiro central, foi seguro e eficiente no jogo aéreo, tanto defensivo quanto ofensivo.

Sabino (5.5), o zagueiro, buscou se lançar ao ataque em diversas ocasiões, aproveitando a pouca produção ofensiva do Athletico. Ele conseguiu ganhar campo e encontrar bons passes, mas falhou na saída para o combate no lance que gerou o gol do Athletico. Nas laterais, Cédric Soares (6.5) se apresentou mais ao ataque do que o habitual, formando boas dobradinhas com Ferreira e tomando decisões eficazes no terço final. Maik (6.0) entrou com confiança e fez um jogo seguro, sem grandes dificuldades, embora tenha sido pouco acionado.

No setor ofensivo, a figura central foi Ferreira (8.0). Ao lado de Marcos Antônio, ele foi o grande protagonista do São Paulo. Sua movimentação versátil pelas duas pontas do campo, as tabelas bem executadas e a capacidade de sucesso no um contra um demonstraram sua importância. No último lance da primeira etapa, um lançamento magistral de três dedos deixou André Silva em ótima condição para ampliar o placar, o que não se concretizou. No entanto, Ferreira manteve o ritmo na segunda etapa e marcou o gol que selou o resultado final da partida.

Avaliação Individual: Desempenho dos Atletas do São Paulo

A seguir, apresentamos a avaliação detalhada dos jogadores do São Paulo, conforme as notas atribuídas pelo GE e pelo público, que refletem a performance apresentada no confronto contra o Athletico Paranaense :

Entre os demais atacantes, André Silva (5.5) teve uma participação que poderia ter sido mais incisiva, tomando algumas decisões equivocadas e perdendo uma boa chance de ampliar o placar no final da primeira etapa. Luciano (6.5), ao entrar, demonstrou maior participação e trouxe uma dinâmica aprimorada à referência do ataque, atuando como um ponto cerebral na distribuição das jogadas. Já Wendell (6.0) iniciou bem, mas uma lesão na coxa o tirou precocemente da partida, sendo substituído por Enzo Díaz (6.0), que, apesar de menos ofensivo, foi efetivo e acertou uma bola na trave no final do jogo, contudo, acompanhou mal o adversário no lance do gol.

O técnico Hernán Crespo (7.0) optou por rodar o elenco , poupando alguns de seus principais atletas que vinham de uma sequência intensa de jogos. Mesmo com as mudanças, a equipe manteve seu padrão tático e agressividade, sofrendo pouquíssimo durante todo o confronto. Esta vitória do São Paulo sobre o Athletico Paranaense , com destaque para a atuação de Ferreira, serve como um espelho para o Furacão, que precisa reavaliar sua estratégia e desempenho para os próximos desafios na competição.