Derrota Sub-20: Athletico-PR Cede Virada ao Santos e Implicações para o Furacão

Em um confronto válido pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro sub-20, o Athletico Paranaense foi superado pelo Santos, com o placar de 2 a 1, em uma virada que se desenrolou no Estádio Bruno José Daniel, em Santo André. Apesar de já ter sua vaga garantida na próxima fase do torneio nacional, a derrota para o time da casa, que marcou com Assis e Enzo Boer, enquanto Lima descontou para os visitantes, levanta questões sobre a performance e a concentração do Furacão em momentos cruciais.

O resultado, embora não altere a condição classificatória do time paranaense, que se mantém na terceira posição, atrás apenas de Palmeiras e Bragantino, serve como um alerta. Para o Santos , o triunfo significou uma melhora na tabela, mas insuficiente para avançar na competição. A equipe atleticana, que se prepara para a final do Campeonato Paranaense sub-20 contra o Cascavel neste domingo, precisará reavaliar sua postura após ceder uma vantagem inicial.

Furacão Permanece Estacionado: A Derrota em Santo André

A despeito da derrota, a classificação do Furacão para a fase seguinte já estava assegurada, evidenciando uma campanha consistente até o momento. Contudo, a maneira como o revés ocorreu - uma virada após sair na frente - pode ter implicações psicológicas e táticas. Manter o ímpeto e a competitividade, mesmo quando a meta principal é atingida, é fundamental para equipes que almejam voos mais altos.

A equipe paranaense visitará o Cascavel neste domingo, para o primeiro jogo da decisão do Campeonato Paranaense. A performance neste confronto contra o Santos , portanto, não pode ser vista como um mero tropeço isolado, mas como um indicativo da capacidade de resiliência e foco do grupo em situações de pressão, especialmente às vésperas de uma final estadual.

Foto: (José Tramontin/athletico.com.br)

Primeiro Ato: Vantagem Efêmera e Reação Alvinegra

O Athletico Paranaense começou o jogo de forma promissora, inaugurando o marcador aos 23 minutos da etapa inicial. Lima, o camisa 10 da equipe, demonstrou frieza ao receber um lançamento em profundidade pelo flanco esquerdo do ataque, conduzir a bola até a grande área e finalizar com precisão de pé esquerdo, superando o goleiro João Pedro na saída. Um gol que parecia pavimentar o caminho para um resultado positivo.

No entanto, a vantagem do Furacão foi rapidamente contestada pelo Santos . Aos 31 minutos, o Peixe articulou uma jogada de perigo quando Pepê Fermino tabelou com Matheus Xavier na entrada da área, forçando o goleiro Carlos Eduardo a uma intervenção crucial, espalmando a bola para escanteio. A pressão dos anfitriões persistiu até o apito final do primeiro tempo, sinalizando que a liderança do Athletico não estava consolidada.

A Virada Inevitável: Falhas Defensivas e Oportunidades Perdidas

O retorno para o segundo tempo trouxe a confirmação da reação santista. Aos 10 minutos, o zagueiro Assis aproveitou uma cobrança de escanteio bem executada por Pepê Fermino pelo lado direito e desferiu um cabeceio certeiro no canto inferior esquerdo, empatando a partida e expondo a vulnerabilidade defensiva do Athletico em bolas paradas.

A oportunidade de retomar a liderança foi perdida pelo Santos aos 30 minutos, quando o lateral Gabriel Simples teve sua cobrança de pênalti defendida pelo goleiro do Athletico Paranaense . A penalidade máxima havia sido assinalada após o zagueiro Murilo tocar a mão na bola em uma finalização de João Alves. Este momento poderia ter sido um respiro para o Furacão, que, no entanto, não soube aproveitar a falha adversária para estabilizar sua defesa e neutralizar as investidas do Peixe.

A virada se concretizou de forma dramática aos 43 minutos da etapa final, quando Enzo Boer, que havia entrado no decorrer da partida, roubou a bola no meio-campo. O meia avançou com determinação até a entrada da área e finalizou no canto superior esquerdo, sem chances para o goleiro adversário. Um gol que não apenas selou a vitória do Santos , mas também expôs a falta de atenção e a fragilidade do Athletico nos minutos finais, um aspecto que demanda séria reflexão da comissão técnica e dos jogadores.