Escândalo na Série B: Atlético-GO Contesta Árbitro Paranaense em Jogo Chave do Athletico-PR

O aguardado confronto entre Atlético-GO e Athletico-PR, válido pela Série B do Campeonato Brasileiro, já se encontra envolto em controvérsia antes mesmo de a bola rolar. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) designou Gustavo Bauermann para arbitrar o duelo, uma escolha que provocou imediata e veemente reação por parte do clube goiano.

O Dragão, como é conhecido o Atlético-GO, expressou sua "perplexidade" através de uma nota oficial, questionando a prudência da escalação. A principal objeção reside no fato de Bauermann, embora apitando pela federação de Santa Catarina, ser originário de Francisco Beltrão, no Paraná. A situação se agrava pela presença de equipes catarinenses (Criciúma e Chapecoense) na disputa pelo acesso, adicionando uma camada extra de preocupação quanto à isonomia da competição.

Esta não é a primeira vez que o Atlético-GO levanta tais questionamentos. Recentemente, no clássico contra o Goiás, a arbitragem de Lucas Paulo Torezin, também paranaense, já havia gerado insatisfação generalizada. Tanto Atlético-GO quanto Goiás reclamaram veementemente das decisões de Torezin e de sua origem, dado que Athletico-PR e Coritiba estão na mesma briga pelo acesso à elite do futebol nacional. A repetição de uma "coincidência" desse tipo para um confronto direto com um time paranaense é o que mais intriga o clube goiano.

A Escala de Arbitragem Sob o Microscópio

A equipe de arbitragem para o confronto de domingo, conforme divulgado pela CBF, é composta da seguinte forma:

As implicações de uma arbitragem questionável já se manifestaram no jogo anterior. O técnico do Atlético-GO, Lacerda, levantou a hipótese de um possível conflito de interesse na aplicação de cartões amarelos no clássico contra o Goiás, com vistas ao confronto crucial contra o Athletico-PR. Dois jogadores vitais, Luizão e Lelê, que estavam pendurados, receberam o terceiro cartão amarelo e, por isso, estarão suspensos para o próximo jogo.

Lacerda expressou sua frustração na ocasião:

- Foi um árbitro paranaense. Vamos enfrentar o Athletico-PR. E até agora não entendi os cartões que ele deu. É engraçado, dois jogadores importantíssimos que estavam pendurados, o Luizão e o Lelê, receberam o terceiro cartão amarelo. O cartão do Luizão não tem explicação nenhuma. Então, vamos enfrentar um time paranaense sem dois jogadores importantíssimos - disse o técnico na ocasião.

Repercussões e Acusações de Parcialidade

A insatisfação com a arbitragem paranaense não se limitou ao Atlético-GO. Após o clássico, o Goiás também manifestou seu descontentamento. Lucas Andrino, diretor de futebol do Esmeraldino, questionou a escalação de um árbitro do Paraná, alinhando-se às preocupações sobre a integridade da competição.

Andrino foi enfático em suas declarações:

- Nós não concordamos com a escala de um árbitro oriundo de um estado que tem duas equipes (Coritiba e Athletico-PR) que disputam os mesmos interesses que o Goiás. Ele (árbitro) teve uma noite infeliz. O pênalti foi muito claro, é só eles assistirem. O que chama a atenção é o VAR sequer ter chamado para a revisão, isso me assusta. Vamos nos manifestar. Confio muito no trabalho da CBF, mas tem que haver esse cuidado. Assim como quando o jogo for de Coritiba ou Athletico-PR não vejo necessidade de escalar um árbitro da Federação Goiana.

Aprofundando sua posição, o Atlético-GO divulgou uma nota completa detalhando suas objeções à escolha de Gustavo Bauermann, ressaltando a urgência de uma arbitragem isenta em uma fase tão decisiva do campeonato.

O Atlético Goianiense recebeu com perplexidade a escala de arbitragem para o jogo do próximo domingo (05), contra o Athletico-PR. O árbitro Gustavo Ervino Bauermann, que representa a Federação de Santa Catarina, é paranaense, segundo o site da própria CBF. Mesmo se fosse catarinense, não seria prudente a escala deste árbitro, já que temos duas equipes catarinenses brigando pelo acesso. O Atlético se preocupa com a isonomia do Campeonato Brasileiro Série B, ainda mais na fase decisiva da competição. Após a escala do árbitro Lucas Torezin (PR) para o clássico goiano da última rodada, no momento da competição em que ambos os clubes estão em disputa direta com equipes paranaenses, já foi algo, no mínimo, desnecessário para a equidade da competição. A péssima arbitragem de Lucas Torezin ficou escancarada com a reclamação de ambos os clubes. O Atlético entende que faltando apenas nove rodadas para o fim do campeonato, a CBF e a Comissão de Arbitragem devem ter atenção redobrada para que a justiça dos resultados de campo prevaleça sem interferências dos árbitros. Pela importância do jogo e o momento da competição, seria importante a presença de árbitros FIFA ou de maior experiência para que possam conduzir o jogo sem interferir no resultado final. O clube reitera a sua confiança na Comissão de Arbitragem, na figura de Rodrigo Cintra, e no presidente da CBF, Samir Xaud, que vem fazendo um bom trabalho para a evolução do futebol brasileiro. Entretanto, a escala para o jogo contra o Athletico-PR revela um total desrespeito aos critérios naturais para a escolha da arbitragem.

Integridade da Competição em Jogo

A controvérsia em torno da arbitragem para Atlético-GO x Athletico-PR transcende a mera escolha de um profissional. Ela toca na essência da integridade esportiva, especialmente em um momento tão crucial da Série B, onde cada ponto e cada decisão podem definir o futuro de clubes na competição. A exigência por transparência e isenção torna-se imperativa para garantir que o mérito em campo seja o único fator determinante dos resultados. A CBF, agora, encontra-se sob os holofotes, com a responsabilidade de assegurar a equidade que o futebol brasileiro tanto demanda.