Protesto Aéreo: Athletico Suspende Sócios Após Confronto em Voo do Time

O Athletico Paranaense impôs sanções a dois de seus sócios-torcedores, André Wille e Bruna Azevedo, em resposta a um protesto ocorrido a bordo de um voo comercial. A medida, que impede o acesso às instalações do clube, incluindo a Arena da Baixada, foi comunicada poucas horas antes de um confronto importante do Furacão, impossibilitando a entrada dos torcedores no estádio para a partida da última terça-feira.

A decisão da suspensão, por tempo indeterminado, é uma reação direta ao episódio de insatisfação manifestado pelos indivíduos. O incidente que motivou a punição aconteceu no retorno da delegação de Volta Redonda, após a derrota na 17ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, evidenciando uma tensão crescente entre parte da torcida e o desempenho da equipe.

As Alegações do Clube e o Estatuto Social

Em documento obtido pela imprensa, a Câmara de Ética e Disciplina do Athletico detalha as razões para a punição. O clube alega que os sócios-torcedores envolvidos no protesto "proferiram ofensas e ameaças contra o segurança do Clube" e "também ofenderam e ameaçaram outros passageiros".

O clube justifica a ação afirmando que "a medida está prevista nos art. 30 e 31 do Estatuto Social do Clube e deve ser aplicada quando verificada a gravidade da denúncia e observados os indícios de autoria".

Em contrapartida, André Wille, um dos sócios penalizados, refuta veementemente a acusação de ameaças ao segurança do clube. O casal já estaria avaliando as providências legais cabíveis para tentar reverter a suspensão imposta pela diretoria rubro-negra. Até o momento, o clube não se manifestou publicamente sobre a versão dos torcedores.

Foto: (Reprodução/Monique Vilela)

O Contexto do Protesto e a Reação da Torcida

O voo em questão, que transportava a delegação de Volta Redonda a Curitiba, foi palco de um confronto acalorado. Dois torcedores que estavam na aeronave discutiram diretamente com um membro da comissão técnica do time. A situação escalou, com outros passageiros manifestando incômodo e trocas de xingamentos entre as partes.

A opção do Furacão por utilizar um voo comercial para o retorno, em vez de um fretado, permitiu a proximidade que culminou no incidente a bordo. É importante notar que o episódio no avião não foi o único sinal de descontentamento da torcida; do lado de fora do aeroporto, um grupo distinto de torcedores também se manifestou contra a equipe, embora sem contato direto com jogadores ou comissão técnica.