Viveros Decisivo: Avaliação Crítica das Atuações do Athletico Contra o Avaí

O Protagonista da Redenção: Viveros e o Gol Crucial

No recente embate do Athletico Paranaense, a performance individual dos atletas se tornou um ponto de análise crucial, especialmente diante de um resultado que expôs as oscilações do coletivo. O centroavante Viveros, em um momento de afirmação pessoal, finalmente rompeu o jejum de gols na Arena da Baixada. Convertendo uma penalidade máxima, ele assegurou o gol que igualou o placar para o Athletico, elevando sua contagem individual para nove tentos com a camisa rubro-negra, consolidando-o como o destaque da partida com a maior pontuação tanto da imprensa especializada quanto do público.

Apesar do brilho individual de Viveros, o cenário geral da equipe revelou desafios. Santos, o goleiro, demonstrou sua habitual segurança, realizando uma defesa de alto nível no primeiro tempo, instantes antes do gol do Avaí, lance no qual sua responsabilidade foi nula. Ao longo da partida, o goleiro efetuou importantes intervenções, mantendo a equipe na disputa. Benavídez, pela lateral, esteve próximo de contribuir com uma assistência, frustrada por um impedimento, e ainda gerou perigo com um cabeceio bem defendido pelo arqueiro adversário.

Na zaga, o retorno de Terán após lesão muscular foi notável. Sua atuação sólida incluiu uma impressionante arrancada desde a defesa no primeiro tempo, quase resultando em uma assistência, embora o passe final tenha sido excessivamente forte. Contudo, o zagueiro foi expulso após o apito final devido a um desentendimento com o goleiro adversário. Arthur Dias, que entrou em campo, conseguiu cortes importantes, especialmente nas jogadas aéreas, contribuindo para a contenção defensiva.

Defesa e Meio-Campo: Pontos de Apoio e Dúvidas Táticas

O meio-campo, por sua vez, teve em Zapelli o maestro da orquestração. O jogador ditou o ritmo do setor, desdobrando-se entre as funções de criação e marcação. Seus chutes de longa distância representaram ameaça, e sua capacidade de alimentar os atacantes foi vital. Dudu, que recebeu uma nova oportunidade como titular, não se furtou ao jogo, exibindo grande participação na construção das jogadas ofensivas e sendo igualmente importante na recomposição defensiva.

A linha defensiva, que iniciou o jogo com um esquema de três zagueiros, viu Aguirre ter um primeiro tempo correto antes de ser substituído no intervalo. A mudança tática, uma opção do auxiliar Fábio Moreno ? que substituía o suspenso Odair Hellmann ?, visava ajustar o posicionamento da equipe. No entanto, a lateral-esquerda com Léo Derik apresentou dificuldades, com o jogador cometendo muitos erros e demonstrando certo nervosismo ao longo dos 90 minutos.

As Peças de Ataque: Potencial Não Concretizado e Substituições

No setor ofensivo, além de Viveros, outras peças tentaram desequilibrar. Leozinho foi a figura mais incisiva no ataque durante a primeira etapa, criando perigo em pelo menos três ocasiões. Contudo, seu desempenho decaiu no segundo tempo, culminando em sua substituição. Luiz Fernando teve uma atuação apagada e também foi sacado no intervalo, evidenciando a busca por maior efetividade ofensiva.

Mendoza, ao entrar em campo, teve um impacto imediato. Em um de seus primeiros toques na bola, ele desferiu um excelente passe para Viveros, resultando no pênalti convertido. Mendoza ainda esteve perto de deixar sua marca, não fosse a excelente performance do goleiro rival, mas também foi expulso após o término da partida por envolvimento em uma confusão. Julimar, que entrou para formar dupla de ataque com Viveros, teve uma boa chance de virar o placar, mas a falta de frieza impediu a concretização. João Cruz, outro a entrar no decorrer do jogo, mostrou boa movimentação, mas pecou nas decisões finais no campo de ataque. Alan Kardec, que entrou nos minutos finais, não teve tempo suficiente para ser avaliado.

Desempenho Coletivo e Perspectivas Futuras

A tabela a seguir sumariza as avaliações dos jogadores do Athletico Paranaense no confronto contra o Avaí, conforme as notas da imprensa especializada (GE) e do público, ilustrando as nuances de cada performance individual:

Apesar de performances individuais notáveis, como a de Viveros, e de esforços consistentes de outros atletas, a dificuldade coletiva do Athletico-PR no confronto com o Avaí é evidente. As oscilações táticas, a falta de frieza em momentos decisivos e os erros pontuais, especialmente nas laterais e nas tomadas de decisão ofensivas, sublinham a necessidade de ajustes para que o potencial individual se traduza em um desempenho de equipe mais coeso e vitorioso. As expulsões de Terán e Mendoza após o apito final, por confusão, também refletem um controle emocional que precisa ser aprimorado.