Zapelli: Da Promessa à Reserva no Athletico-PR | Análise de Desempenho e Futuro

O cenário atual no Athletico Paranaense revela uma reviravolta notável na trajetória de um de seus talentos mais badalados. O meia Zapelli, outrora peça-chave e titular inquestionável, encontra-se agora em uma posição de menor destaque, relegado ao banco de reservas e com oportunidades de jogo escassas.

A brusca alteração em seu status, de figura central para um papel secundário, tem sido um dos pontos de inflexão na análise do desempenho recente do Furacão. O jogador argentino, que carregava consigo a expectativa de ser um motor criativo para a equipe, viu sua participação em campo minguar drasticamente nas últimas semanas.

O ponto de virada para a perda de sua posição de titularidade pode ser rastreado ao embate contra o Vila Nova, há pouco mais de dez dias, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro da Série B. Mesmo tendo sido acionado no decorrer do primeiro tempo, em circunstâncias que demandavam sua entrada precoce, e tendo convertido um pênalti que resultou no único gol do Athletico na derrota por 2 a 1, a performance geral da equipe e a do próprio atleta não foram suficientes para sustentar sua vaga.

No compromisso subsequente, frente ao Brusque, pela etapa decisiva da Copa do Brasil, o talentoso meio-campista foi introduzido apenas na etapa complementar do jogo, permanecendo em campo por aproximadamente trinta minutos. Uma participação bem aquém do protagonismo que se esperava dele.

O Desvanecer de um Protagonista

A situação se agravou ainda mais na rodada mais recente da Segunda Divisão, quando, na vitória sobre o Athletic, Zapelli sequer deixou o banco de suplentes. Somando as aparições nos três confrontos mencionados, o atleta acumulou menos de cem minutos em campo, um indicativo claro de sua marginalização tática.

A explicação para essa perda acentuada de espaço reside em seu desempenho aquém do esperado. O meia, que chegou ao clube com a aura de uma grande promessa e sob os holofotes da torcida, não conseguiu traduzir o potencial em resultados consistentes. Seus números na temporada refletem essa lacuna: em 24 partidas disputadas, Zapelli contribuiu com apenas dois gols e quatro assistências, marcas que não justificam o investimento e a confiança depositados.

A performance abaixo da média, combinada com a ascensão de outros nomes no elenco, criou um ambiente de competitividade que o argentino não conseguiu superar. O futebol, implacável em sua meritocracia, impõe a necessidade de resultados e impacto imediato, algo que Zapelli não entregou de forma constante.

Foto: (Hedeson Alves/AGIF)

A Dinâmica Interna e o Renascimento de Alternativas

Paralelamente à queda de Zapelli, observou-se o florescimento de outros jogadores que souberam aproveitar as oportunidades. Giuliano, por exemplo, demonstrou a capacidade de assumir a responsabilidade e consolidou-se como o novo titular na posição, oferecendo a consistência e a experiência que a equipe necessitava.

Outro jovem talento que se destacou foi João Cruz. Acionado no confronto contra a equipe mineira, ele não apenas mostrou vigor, mas também se tornou decisivo ao fornecer a assistência que culminou no gol da vitória, anotado por Renan Peixoto. Esses exemplos evidenciam uma reconfiguração interna no Athletico, onde o mérito tem prevalecido sobre o status prévio.

Diante desse panorama, a expectativa é que Zapelli permaneça entre os reservas para o próximo desafio do Athletico, que enfrentará o Operário-PR no domingo, às 16h, no Estádio Germano Krüger, pela décima rodada da Série B. O futuro do meia no clube, que parecia tão promissor, agora se desenha sob um manto de incertezas, exigindo uma reavaliação profunda de sua contribuição e adaptação ao esquema tático da equipe.